De dia, as ruas ficavam apinhadas de gente: ferreiros, sapateiros, vendedores de tecido, açougueiros, dentistas... Bastava o comerciante abrir as venezianas de sua casa para transformá-la numa banca de mercadoria. Ficavam também cheias de animais: cães, mulas, porcos, cavalos, galinhas... À noite, eram silenciosas e muito escuras: não havia iluminação pública. Era comum toque de recolher decretado pelas municipalidades, como prevenção contra assaltos e assassinatos.
Nas cidades medievais ocorriam castrações, enforcamentos e amputações, e a população aglomerava para assistir aos espetáculos de castigo. Muitas vezes os criminosos eram arrastados pelas ruas numa carroça e torturados antes da execução pública, sob o burburinho e os gritos das multidões.
Eram freqüentes, também, os incêndios. As casa, de três ou quatro andares, eram construídas de materiais inflamáveis: paredes de madeira e galhos e tetos de palha ou junco, que ardiam em poucos minutos. Se por um lado os incêndios geravam prejuízos para os moradores, por outro era benéfico, pois amenizava as condições de sujeira que provocavam as doenças.
Apesar de existirem hábitos de higiene pessoal, como o costume de freqüentar os banhos públicos, preservados desde a época de Roma, só os ricos tinham as suas próprias latrinas e fossas. A maioria da população jogava seus excrementos em esgotos ou em pilhas de detritos a céu aberto, tornando as vielas imundas, o mau cheiro insuportável e as águas de abastecimento da cidade poluídas.
A canalização da água não era recomendada pelas oficialidades, que temiam a desvantagem de tornar as cidades vulneráveis a sabotagens de exécitos inimigos. Só em 1236, Londres começou a trazer água para a cidade em aquedutos.
Uma das soluções adotadas para reduzir a sujeira foi a pavimentação das ruas. Paris, em 1185, foi a primeira cidade a ter suas ruas calçadas com pedras.
Mais ainda do que os excrementos humanos e a água suja, a maior maldição das cidades medievais era a pulga, o parasita do rato negro. As epidemias eram freqüentes e, de 1348 a 1349, as pulgas espalharam a peste bubônica, conhecida como a peste negra, provocando milhões de mortes."
(Clark, Peter. O Ocidente renasce. In: Evolução das cidades. Rio de Janeiro, Abril Livros/ Editora de Time-Life, 1993, p.98-102 (texto adaptado))
9 comentários:
Muito bom seu site! Está de parabéns! Continue com o excelente trabalho!
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Oi Felipe!
Valeu pela visita no Mundo Fabuloso e apareça sempre que quiser. Muitas novidades vem surgindo por aí. Todos envolvendo Contos de fadas.
Abraços!!!
Olá, Felipe.
Passando para agradecer a sua visita em meu espaço de poesias.
Gostei muito de seu blog. É ótimo viu. Parabéns e obrigada pelo comentário. Um abraço
Gostei do seu blog, também sou fã de história e sempre estou lendo sobre o assunto.
Espero que continue postando.
Tenho um blog sobre cinema, está convidado a visitar.
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Abraço
ola felipe
muito obrigada por me ajudar
a fazer meu trabalho da escola ta .
bjs obrigada.
Valeu, me ajudou muito...
oi felipi!!
muito d se blog ele m ajudo bastante,se eu nauma xei no google imagine?!rsrs
vlw
Nossa eu achei tudo o que eu precisava para o meu trabalho(que é de 6ªserie!!)mas esta tudo bem explicado...
gostei mtoo!!!
parabens e que continue com bons trabalhos!!
perfeito >>>
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